sexta-feira, 8 de abril de 2011

Regras mais severas na indústria petrolífera...

Um relatório forense das autoridades dos Estados Unidos cuja análise incidiu sobre o dispositivo apela a regras mais severas na indústria petrolífera.
O dispositivo de controlo de emergência do fluxo de petróleo extraído na plataforma de petróleo Deepwater-Horizon, operado pela BP, teve graves falhas no sistema de backup, segundo um relatório da consultora especializada Det Norske Veritas, contratada pelo governo dos Estados Unidos.
Alguns componentes do sistema de controlo de backups “não funcionaram como se esperava” sobre o sistema de prevenção de explosões, concebido para conter o fluxo de petróleo no caso de pressão anormal, concluiu o relatório. A notícia surge depois de a BP ser autorizada a reiniciar as operações de perfuração no Golfo do México, podendo o fazer já em Julho deste ano.
Um estudo forense demonstrou que “nem todos os sistemas de controlo de backup tinham redundância”. Mas não foi possível determinar se o interruptor automático “Deadman”, projectado para accionar dispositivos de contenção tinha funcionado, explicou o relatório.
O relatório é a peça final do puzzle de investigações sobre o derrame de petróleo no Golfo do México, e sugere ainda a necessidade de os sistemas “blowout preventer” (BOP) serem sujeitos a testes de perícia. A principal causa das falhas do BOP tiveram a ver com uma pequena parte de tubagem que sofreu uma torção e se alojou nas válvulas preparadas para desligar o petróleo, concluiu o relatório. Mas este destacou outros problemas graves.
O trabalho também aponta falhas de regulamentação da própria indústria e de boas práticas em torno dos sistemas, para justificar o desastre.
“Recomenda-se que indústria reveja as suas normas para o desempenho do back-up dos sistemas de controlo ser equivalente aos requisitos estipulados para os sistemas de controlo principal.” As reguladoras da indústria também deverão estabelecer requisitos claros sobre como efectuar testes a sistemas BOP de back-up “para garantir o seu funcionamento durante todo o tempo o tempo de funcionamento da unidade no poço”.
Também será necessário rever as exigências em torno da “avaliação de vulnerabilidades dos sistemas de back-up para o controlo preventivo de explosões para assegurar que não estão sujeitos a eventos ou sequência de eventos capazes de os levar a qualquer tipo de insuficiência”. 

Fonte: Computerworld

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