sexta-feira, 19 de novembro de 2010

As tendências convergentes que irão mudar as TIs e os negócios



Analista Gartner antecipa as tendências convergentes que podem ter um enorme impacto nas tecnologias de informação e nas empresas em geral.
“No centro da mudança dos próximos 20 anos estará a inteligência retirada da informação”, assegura Peter Sondergaard, vice-presidente e responsável mundial pela pesquisa da Gartner. “A informação será ‘o petróleo do século XXI’. Será o recurso a fazer funcionar a nossa economia de um modo antes não possível”.
Para a próxima década, a Gartner identificou quatro tendências com forte impacto na economia e nas tecnologias de informação (TI), desde a cloud à computação social, da computação contextual a estratégias baseadas em padrões – todas com recurso ou auxiliar para a gestão da informação.
A cloud “constitui a base de uma descontinuidade que corresponde a uma nova oportunidade de formatar a relação entre os que usam serviços de TI e quem os vende”, diz a analista.
A computação social – e não apenas plataformas como o Facebook ou o Twitter – terão um “impacto real” à medida que “permeiam e enevoam as fronteiras entre as actividades pessoais e profissionais”. E irão permitir “ainda por realizar crescimento de produtividade” e “contribuir para o crescimento económico”, afiança Sondergaard.
No caso da computação contextual (“Context Aware Computing”), esta vai emergir com a generalização das tecnologias sem fios, agregadas a dispositivos “superinteligentes” (de tablets a smartphones ou netbooks), maior capacidade de computação e comunicações em todos os produtos físicos. “Isto permite a criação de software e serviços que agregam dados, texto, gráficos, áudio e vídeo com contexto como localização, língua, desejos, sentimentos”, reconhece Sondergaard, acrescentando que terá um “profundo impacto nas organizações, na forma como conduzimos os negócios”.
As estratégias baseadas em padrões “procuram padrões de fontes tradicionais e não-tradicionais, modelam o seu impacto e adaptam de acordo com as necessidades do padrão”, refere a Gartner. Análise de redes sociais, tecnologias cientes do contexto e ferramentas de análise previsional vão permitir aos responsáveis de TI extraírem padrões do enorme “conjunto de fontes de informação e modelar futuras possibilidades”.
“A combinação destas quatro tendências cria uma força inimaginável impactando não apenas as TI e a indústria de TI mas as capacidades das empresas e governos”, refere Sondergaard.

Os 10 termos mais exagerados nas TI

No mundo das TI que devia ser factualmente hermético. Por exemplo: a velocidade 4G tanto é como não é e está sempre pronta para apropriação indevida pelo marketing, o exagero hiperbólico de um CEO ou a verdade torcida por um representante de vendas.
Por outras palavras, o verdadeiro significado de algumas tecnologias ou serviços depende de com quem se fala.
Aqui está um guia da revista CIO para entrar no mundo dos termos de tecnologia mais exagerados do ano. Eis os 10 favoritos (e mais frustrantes) termos de tecnologia que foram alterados, contorcidos e massajados por alguns dos actuais fabricantes líderes de tecnologia.
  • Cloud computing: Se estiver envolvida uma qualquer ligação à Internet, então é definitivamente na “nuvem”. Certo? Errado! (E, para que conste, anexar “cloud-based” para algo é ainda mais superficial!)
  •  Velocidades 4G: Hmmm, a maleabilidade do 4G é uma reminiscência de quando o rótulo de “banda larga” foi aplicado às velocidades “de até” nas ligações “dial-up”. Vá lá, operadores móveis, não estão a ser verdadeiros!
  • Vendedor líder (“leading vendor”): Se por “vendedor líder” quer significar um “grupo de sete pessoas, com cinco clientes (um dos quais é o seu tio) e em desespero para ser adquirido muito, muito em breve”, então todas as “startups”, na verdade, têm o direito de usar este “slogan” de marketing.
  • Segurança online: Agora mesmo, está um tipo na Estónia a mexer na sua “solução de segurança.” Talvez se consiga corrigir isso na próxima década?
  • Parceiro de valor (valued partner): Excepto quando o parceiro decide não renovar os seus acordos de licenciamento e então o vendedor trata esse parceiro de valor como Michael Corleone tratou o seu valorizado irmão Fredo.
  • Não seja mau (don’t be evil): Que tal um pouco de mal quando nos apetece, porque temos boas intenções?
  • Privacidade no Facebook: As políticas de privacidade do FB (opt-in automático!) parecem mudar tantas quantas as camisolas de Zuckerberg.
  • Líder de pensamento (thought leader): Se alguma vez teve um pensamento decente (ou até dois ou três “insights”) que tenha “tweetado” ou partilhado no Facebook, isso não faz de si um líder de pensamento (ou guru ou influenciador ou perito).
  • Disponível em geral: Se o produto de um fornecedor ainda está a ser testado por um “selecto conjunto de clientes” (também conhecidos como “beta testers”) e tem mais “bugs” (erros mas também quer dizer “barata”) do que “O Hotel das Baratas”, então não está perto do disponível em geral.
  • Solução robusta: lembrei-me agora.
Fonte: Computerworld