quarta-feira, 30 de março de 2011

As novas atribuições dos CIO

Nos últimos cinco anos, três factores alteraram profundamente as atribuições dos líderes de TI. Dê-lhes atenção, se quer permanecer no topo. Primeiro, a tecnologia de produtos para consumo revolucionou a existente nas empresas e minou o poder de decisão do CIO. Depois, actualizações realizadas na viragem do milénio atrapalham as renovações dos sistemas actuais. E, finalmente, a velocidade das inovações ultrapassou o ritmo com que essas tecnologias conseguem ser absorvidas.
A próxima geração de CIO deve surgir de ambientes comerciais mas com raízes tecnológicas ou munida de conhecimentos técnicos avançados. E precisará de cavar os fundamentos sobre os quais quatro novas funções se erguerão, para continuar sendo competitivo no mercado de trabalho.
Apresentamos as quatro novas funções e atribuições que os CIO devem atender se querem permanecer no topo.
  • Chief Infrastructure Officer - Alguns CIO já conhecem esse perfil profissional. Esses executivos devem estar atentos às oportunidades de reduzir custos e controlar até 70% do orçamento geral das empresas. A maioria dos projectos nas mesas desses profissionais será voltada para a manutenção dos sistemas e para a gestão de infra-estruturas passíveis de actualização. Um relatório da empresa de Wang revela que esses executivos devem ficar atentos às interfaces tecnológicas internas.
  • Chief Integration Officer - É uma transição passível de grandes inconvenientes. Esse executivo deve responder pela gestão de uma fatia entre 10 e 15% do orçamento geral da empresa. A sua atribuição será unificar os vários processos comerciais, dados, sistemas antigos e estruturas com interfaces de computação na nuvem. O Chief Integration Officer deverá estar atento à tecnologia e à sua relação com processos internos e externos.
  • Chief Intelligence Officer - Também deve atender à distribuição de 10 a 15% do orçamento geral das empresas em que vai actuar. As suas actividades serão voltadas para o aproveitamento de informações por parte dos colaboradores internos. Actividades comerciais internas e externas serão da responsabilidade deste executivo, que se deve preocupar em realizar a ligação apropriada entre as fontes de informações externas e os colaboradores.
  • Chief Innovation Officer - Ao responder por uma fatia de 5% a 10% do orçamento das organizações, esse executivo deve gerir a adopção das inovações com orçamentos muito reduzidos. Espera-se que tenha um passado significativo na rotina dos negócios. Normalmente, esses executivos realizam as suas atribuições rapidamente, assim como recuperam de qualquer eventual erro e não permitem que a dinâmica da empresa emperre.
Sobre as funções essenciais dos CIO no futuro, Wang prevê que a nova geração de executivos deve dispor de várias capacidades: 
  1. Definir rapidamente que novas tecnologias têm valor para a empresa. As grandes empresas deverão estender os orçamentos para os processos internos por forma a preparar as estruturas para o trabalho com as novas tecnologias, até então consideradas estranhas. 
  2. Desenvolver a próxima geração de modelo de negócios. Cabe aos líderes de TI identificar em que instâncias essas tecnologias podem impulsionar o desenvolvimento de modelos de negócios, incrementar o lucro e proporcionar dinâmicas que gerem economia. 
  3. Gerir recursos. Perante a falta de perspectiva de aumento dos orçamentos para as TI em 2011, muitas tecnologias recém-adoptadas devem ter a sua implementação suportada pelo re-aproveitamento dos recursos existentes.
Ray Wang, CEO e analista chefe da Constellation Research

Fonte: Computerworld

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