terça-feira, 22 de dezembro de 2009

TIs precisam de novas competências

Esta afirmação feita pela Robert Half Technology no seu mais recente estudo, segundo o qual o próximo ano poderá trazer grandes desafios aos responsáveis de TI, cujas equipas são sobretudo compostas por profissionais que trabalham horas a mais para compensar a falta de mais elementos. Segundo a Robert Half Technology, 43% dos 1400 Chief Information Officer (CIO) inquiridos neste estudo sentem que os seus departamentos de TI sofrem de uma séria escassez de mão-de-obra especializada, sobretudo tendo em conta os actuais volumes de trabalho com que têm diariamente que lidar.

“Muitas companhias foram longe de mais na redução de pessoal especializado em tecnologia, deixando os departamentos de TI a braços com a espinhosa tarefa de tentarem fazer mais com menos”, afirma Dave Willmer, director executivo da Robert Half Technology.

De acordo com este responsável, “embora a generalidade das empresas consiga continuar a funcionar bem desta forma a curto prazo, ter que o fazer permanentemente não é sustentável e pode mesmo prejudicar a produtividade e o estado de espírito geral da organização”.

Lily Mok, vice-presidente da organização CIO Research, pertencente ao Gartner, e autora do estudo anual “IT Market Compensation Study”, acredita que as equipas de TI vão ter que continuar a liderar com a falta de profissionais em 2010 e que a recuperação económica não significará necessariamente um regresso aos números anteriores à recessão.

“Durante a crise, os departamentos de TI foram muito cautelosos quanto à forma como podiam reduzir o seu número de funcionários e agora não creio que estejam a planear fazer novas contratações. Mesmo com a retoma económica, não acredito que as empresas voltem aos grandes departamentos de tecnologia que existiam em 2000 ou 2001″, considera Lily Mok.

Num outro estudo recente, o Gartner inquiriu cerca de 190 executivos de negócio seniores e concluiu que 62 por cento desses responsáveis reconhecem que “as TI serão um elemento chave nas suas estratégias de pós-crise”, mas que deverá ser pedido de novo aos responsáveis de tecnologia que continuem a fazer mais com menos em 2010. Ma a analista do Gartner sublinha que isto não significa que não existem oportunidades para os profissionais de TI expandirem as suas carreiras e tirarem partido da possibilidade de se tornarem numa parte crítica da estratégia de crescimento as suas empresas a longo prazo.

“As companhias têm consciência que os conhecimentos e valências capazes de proporcionar às suas organizações importantes poupanças levam tempo a desenvolver e, por isso, estão a esforçar-se mais no sentido de formar as suas equipas em tecnologias que poderão ser de grande utilidade para o seu negócio no futuro”, acrescenta.

De acordo com o estudo recente do Gartner, as prioridades dos CIOs vão mudar em 2010. Enquanto em 2009 a redução de custos era a sua grande preocupação para fazer frente à recessão, no próximo ano 71 por cento dos executivos sénior inquiridos dizem que o seu principal focus será o regresso aos crescimentos nas receitas. Esta mudança de atitude poderá ser uma oportunidade para os responsáveis de TI se posicionarem – e às suas equipas – como componentes chave para os planos de expansão das suas organizações, o que poderá também abrir as portas a novas contratações.

“Com os líderes de negócio a virarem cada vez mais a sua atenção das estratégias de redução de custos para a criação de receitas, cabe aos responsáveis de TI proporem novas formas de utilizar a tecnologia para dar suporte aos clientes novos e existentes”, afirmou Mark Raskino, vice-presidente de investigação do Gartner. “Os CIOS devem preparar-se para esta nova postura dos gestores de negócio e aproveitarem esta visão positiva que os CEOs têm das TI para rever a lista de projectos prioritários para 2010”, recomenda.

Fonte: Computerworld

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