sexta-feira, 18 de maio de 2012

Benguela, cidade mãe das cidades de Angola

Igreja da Nossa Senhora do Populo
Benguela, cidade mãe das cidades de Angola, assinalou a 17 de Maio, 395 anos desde que foi fundada a 17 de Maio de 1617, pelo português Manuel Cerveira Pereira, numa altura em que se apresenta com uma nova imagem para os citadinos e visitantes, fruto das obras de construção e reconstrução de infra-estruturais que a elevam para o mais alto patamar do desenvolvimento socio-económico.

A cidade de Benguela, capital da província com a mesma designação, situada no Oeste de Angola. As terras que hoje formam esta parcela do país acabaram por despertar a atenção de Manuel Cerveira Pereira, governador-geral de Angola, entre 1603 e 1607, que nelas se estabeleceu em 17 de Maio de 1617, depois de ancorar a sua nau na baía de Santo António.

Desafiando uma vegetação densa e pântanos insulares, 130 homens europeus e nativos deram o tiro de história da cidade de “São Filipe de Benguela”, que hoje, com a paz efectiva no país, tem vindo a ganhar empreendimentos de destaque, como o Estádio Nacional de Ombaka, com capacidade de 35 mil lugares, os pavilhões multiusos Acácias Rubras e do Matrindindi, novas estradas, escolas, hospitais, pontes e projectos imobiliários modernos.

Com a construção do Caminho-de-ferro de Benguela, no início do século XX, a cidade tornou-se no grande motor da região centro e sul de Angola. Ao longo da linha foram surgindo cidades como a Ganda, o Cubal, o  Kuito, o que deu a Benguela o título de “Cidade Mãe de Cidades”.

Com um povo simpático e um litoral recheado de praias maravilhosas, a cidade é um rico potencial turístico que a torna num ponto de referência nesse domínio, em Angola, sendo cada vez mais o destino de um sem número de angolanos e estrangeiros idos de diversas partes do planeta à procura de sol, dos belos areais, das maravilhosas praias e das famosas noites locais.

Benguela, também conhecida por Cidade das Acácias Rubras, dada à quantidade dessa espécie dispersa pelas suas principais ruas, tem como principais atracções no sector de turismo as lindas praias ao longo da sua costa as quais são excelentes para banho e desportivo náutico, como a Praia Morena, de Santo António, do Pequeno Brasil e do 27.

O Parque Regional de Chimalavera, 40 quilómetros da cidade de Benguela, onde se pode ver o pulo fascinante da Cabra de leque, o Macaco da savana, o Chacal, as Zebras e a Reserva Parcial do Búfalo preenchem ainda o seu roteiro turístico, assim como o célebre Morro do Sombreiro a partir do qual se torna possível conferir os encantos e recantos da costa benguelense.

Ocupando dois mil e cem quilómetros quadrados de área, Benguela Limita a Norte com o município do Lobito, a Sul com o município da Baía Farta, a Este com os municípios do Bocoio e de Caimbambo e a Oeste com o Oceano Atlântico. Divide-se em seis comunas: Zona A, Zona B, Zona C, Zona D, Zona E e Zona F.

Com a recuperação das vias rodoviárias entre Benguela e os restantes centros urbanos do país aliada à nova dinâmica do Porto do Lobito e a reabilitação dos Caminhos-de-ferro de Benguela, a região vem assumindo o seu posicionamento estratégico enquanto importante centro económico do país e da região sul de África.

Benguela é reconhecidamente terra de artistas. Entre os “filhos da terra” que se evidenciaram no domínio das artes contam-se a poetisa Alda Lara, o escritor Artur Pestana “Pepetela”, “Dário de Melo”, “Nuno de Menezes”, “Raul David” entre outros.

A região é rica em monumentos históricos, de entre os quais as igrejas da Nossa Senhora do Pópulo, da Sé Catedral, da Nossa Senhora da Graça, o Largo da Peça, a Rua 11,do Bairro Benfica, onde viveu o poeta e escritor Aires de Almeida Santos, o Museu de Arqueologia, que no passado havia sido a Companhia do Cabo Submarino, instalado durante a Conferência de Berlim para fornecimento de informações.

Parabens Benguela, 
Parabens aos benguelenses.

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