quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

"Como salvei a IBM"

Falar é fácil, fazer é que são elas. Discreto, conservador e altamente bem-sucedido na carreira, o americano Louis Gerstner Jr., de 61 anos, sempre mediu as palavras ao falar das empresas que liderou antes de assumir a direção da IBM, como a American Express e a RJR Nabisco. No entanto, em relação à IBM, que deixou em 2002, após nove anos no comando, Gerstner abriu uma exceção. Mesmo porque tinha muito para contar -- simplesmente, trata-se da história da talvez mais arriscada e retumbante operação de resgate de uma corporação americana. Em 1993, quando assumiu a presidência, a IBM marchava rapidamente para a falência, com um prejuízo previsto de 16 bilhões de dólares e a ameaça de ser retaliada num conjunto de empresas menores. Com coragem, talento e anos de trabalho duro, "Lou", como é mais conhecido, não só conseguiu reverter o desastre como catapultou a empresa novamente à liderança no ramo de tecnologia da informação, desmentindo as previsões pessimistas de boa parte dos analistas de Wall Street. No ano passado, Gerstner lançou o livro Quem Disse Que os Elefantes Não Dançam?, publicado no Brasil pela editora Campus, no qual conta a história da reviravolta da IBM. Aposentado mais ou menos na mesma época, Gerstner, que entre outras atividades continua como consultor da Big Blue, falou a EXAME no escritório que mantém na bucólica Armonk, no estado de Nova York, sede mundial da IBM.

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