quarta-feira, 23 de junho de 2010

Empresas preparam-se para a actualização dos seus centros de dados

Embora as férias estejam agora ao virar da esquina, esta é a altura para os directores de TI começarem a analisar e preparar os centros de dados (“data centers”) das suas organizações para 2011, tendo debaixo de olho tecnologias como a virtualização e arquitecturas de menor latência para a máxima redução de custos possível.

As empresas necessitam de tirar o máximo partido dos principais fornecedores de infra-estruturas de centros de dados, e não se limitar a considerar a oferta de apenas um, mas analisar cuidadosamente as opções oferecidas por vários fornecedores, para determinar se correspondem às reais necessidades da empresa. Os conselhos são de Tom Nolle, presidente da consultora tecnológica CIMI, segundo o qual “a actualização dos centros de dados de 2011 será o projecto mais complicado para as empresas em toda a sua história.

De acordo com este especialista, “analisar várias propostas específicas de fornecedores de centros de dados é a melhor maneira que os responsáveis pela tomada de decisões das organizações têm para entender os verdadeiros aspectos da arquitectura. Até agora, toda a informação disponível era simplesmente insuficiente”.

Segundo estudos realizados pela CIMI, a ignorância geral sobre temas relacionados com os centros de dados é elevada. Por isso, a consultora defende que o ideal seria que a alfabetização tecnológica fosse igual quer a empresa tivesse um projecto em marcha quer não. Desta forma, os potenciais clientes estariam informados sobre a tecnologia, independentemente de terem necessidade imediata de a utilizar ou não.

Um indicador do compromisso que as empresas têm em relação à actualização dos centros de dados é o que gastam em switches, na óptica de Matthias Machowinski, analista da Infonetics, segundo o qual as vendas destes equipamentos totalizaram os 3,2 mil milhões de dólares em 2009, devendo ascender aos 3,7 mil milhões este ano. O crescimento médio entre 2009 e 2014 deverá ser de 10% ao ano.

Isto pode não parecer um crescimento extraordinário, mas durante o mesmo período, o preço das portas de 10 Gbps deverá cair, pelo que o crescimento das receitas totais regista assim um ritmo inferior ao crescimento do número de portas, diz Machowinski diz. A Infonetics prevê a venda de oito milhões de portas de 10 Gbps em 2010 e de 14 milhões em 2014.

Independentemente disso, a tecnologia é complicada e as ofertas dos fornecedores são diferentes o suficiente para tornar a tomada de decisões num desafio. Kerravala diz que as opções oferecidas pelos fornecedores são hoje muito mais diferentes entre si, e de marca para marca, do que foram no passado. “É muito diferente daquilo que a rede foi durante muito tempo - a Cisco liderava e todos os outros ou eram mais rápidos ou eram mais baratos”, diz.

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